Voz do Pastor
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Os Textos
1ª Leitura – At 2,42-47
Salmo – Sl 117,2-4.13-15.22-24 (R.1)
2ª Leitura – 1Pd 1,3-9
Evangelho – Jo 20,19-31
A Realidade
Disse um jovem: “Para nós uma cerveja une mais do que a Eucaristia. É quando a gente conversa olhando um no olho do outro. Duas pessoas que comungam na mesma Missa, depois não encontram motivo para se cumprimentar na rua”.
A Palavra
Na primeira leitura vamos ouvir um retrato da primeira comunidade cristã. O trecho focaliza como os primeiros cristãos viviam a união e solidariedade. Mas não esquece que todos alimentavam a fé na Palavra de Deus e na oração, nem deixa de dizer aquilo que faziam de bom para os de fora da comunidade. À raiz de tudo está a força da Ressurreição.
O que vamos ouvir na segunda leitura foi escrito para comunidades onde alguns diziam que Jesus, pobre e perseguido, era só aparência ou não tinha importância. O Cristo ou Messias era divino, era Deus, o ser humano era só aparência ou não tinha a menor importância. Não! O Messias, o esperado ungido de Deus, o Filho de Deus, é Jesus, homem pobre, massacrado e humilhado.
Nos dois primeiros domingos após a morte de Jesus, os discípulos estão reunidos e Ele está visível no meio deles, segundo o Evangelho de hoje. O medo dos judeus reflete o que acontecia sessenta anos depois, quando o Evangelho foi escrito. Serve, entretanto, para dizer que as portas estavam bem trancadas e, mesmo assim, em qualquer tempo, quando, no domingo, os discípulos se reúnem para celebrá-lo ele está no meio deles.
Jesus lhes passa a sua missão: livrar a humanidade do pecado. Ele é o cordeiro que tira o pecado do mundo. Como ele, seus discípulos devem também livrar a humanidade de todo o mal. Algum mal ou pecado não poderá ser desfeito, esse, então, deverá ser denunciado.
Felizes os que, hoje, sem ver, acreditam em Jesus vivo.
O Mistério
Reunimo-nos no domingo com a presença de Jesus, como nos dois primeiros domingos. Não o vemos e apalpamos como Tomé, mas cremos que “Ele está no meio de nós”. Tocamos as chagas de sua
paixão no pão partido e repartido e no vinho-sangue separado do pão-corpo.
“Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” diz o Presidente da celebração ao apresentar a hóstia e o cálice. Esse sangue-morte tira o pecado do mundo, cumpre sua missão. “Como o Pai me enviou…”. A missa nos desperta para a missão.
José Luiz Gonzaga do Prado