No domingo, 25 de junho, fiéis se reuniram na Igreja Matriz São José de Muzambinho, para celebrar e participar da Missa em Ação de Graças pelos 157 anos de fundação da Paróquia. A missa foi presidida pelo Pároco Padre João Batista, além da participação do Padre Otávio Lemes. No início da celebração eucarística, Paulo e Débora, representando o Conselho Pastoral Paroquial (CPP), juntamente com alguns membros da pastoral da acolhida, entraram na Igreja Matriz segurando quadro da ata de criação da paróquia. Abaixo, segue texto de Samuel José de Almeida, paroquiano, professor de história e filosofia, filho de nossa comunidade.
A história da sesquicentenária Paróquia de São José de Muzambinho remonta aos primórdios do município, no antigo arraial de São José da Boa Vista. A evangelização nestas terras tem seu início no ano de 1853, ano que marca a edificação de uma pequena capela em louvor a São José no centro da atual Avenida Doutor Américo Luz. O arraial pertencia a Paróquia Nossa Senhora da Assunção, da cidade de Cabo Verde que, por sua vez, se encontrava dentro dos limites territoriais da Diocese de São Paulo.
Somente em 12 de fevereiro de 1861, o bispo de São Paulo, Dom Antônio Joaquim de Mello, após reivindicação dos moradores de São José de Boa vista, autorizou a instalação do Curato de São José da Boa Vista, sendo o primeiro capelão do recém-criado curato, Padre Próspero Paoliello.
Com a ereção da paróquia e o crescimento do número de fiéis, Conego Antônio Camillo Esaú dos Santos III, padre que por aqui passou, solicitou autorização do bispo de São Paulo, Dom Lino Rodrigues de Carvalho, para a construção de uma nova igreja Matriz da Paróquia. Obtida a autorização de vossa excelência, no dia 2 de abril de 1888, foi proferida a benção da pedra fundamental do novo templo pelo Padre Antônio Camillo. A construção se estendeu por 11 anos, de modo que no dia 8 de maio de 1897 ocorre a benção da Capela do Santíssimo, com a transladação solene das imagens da antiga matriz para a atual.
São 157 anos de evangelização em terras Muzambinhenses, suscitando no coração de seus filhos uma fé solida e ardente, sob patrocínio de São José. Ao todo 50 sacerdotes empregaram suas vidas em prol construção do Reino de Deus em meio a esta porção de seu povo santo. No princípio, a paróquia foi assistida por padres oriundos do Clero da Diocese de São Paulo. Por um longo período de 1923 a 1988, destacam-se os 65 anos em que a congregação Franciscana esteve à frente da paróquia e de seus trabalhos evangelizadores. No ano de 1989 nossos irmãos religiosos partiram para uma outra missão, entregando novamente a paróquia a, já erigida, Diocese de Guaxupé.
A paróquia também é conhecida por ser terra fértil de vocações, haja vista que muitos de seus filhos empregaram suas vidas na grei do senhor! São bispos, padres, diáconos, seminaristas, religiosas e religiosos, que deram seu sim ao chamado que Deus lhes fez.
Faz-se importante ressaltar a ação missionária em toda paróquia, sejam nas grandes Semanas Missionárias, realizadas desde sua fundação, seja na ação evangelizadora ininterrupta nestes 157 anos. Foram realizadas diversas Missões, como, por exemplo, 1989 ano que marca a vinda dos Missionários redentoristas, que deram início a inúmeras comunidades em nossa paróquia; e as Santas Missões Populares em 2016, que expressam o fervor e fé daqueles que se empenham por exercer a missão que lhes foi confiada por seu Senhor.
A paróquia São José atualmente é assistida por dois padres diocesanos: sendo o Pároco Padre João Batista da Silva e o vigário paroquial Padre Otávio Ari Aparecido Marques Lemes. Em seu território, estão distribuídas dez comunidades urbanas e vinte e duas comunidades rurais, sendo todas constituídas por uma fé viva e ardente, nutrida pela Eucaristia e pela Palavra. Ao todo somam-se 13 expressões de movimentos e 15 pastorais, nas quais estão empenhados inúmeros agentes de pastoral.
Deste modo, conclui-se que ontem, hoje e sempre, esta porção do povo de Deus é constituída por homens e mulheres que respondem assiduamente SIM a Missão que o Senhor lhes confiou.
Texto: Samuel José de Almeida, paroquiano, professor de História e Filosofia