Por Richard Oliveira
Em 1999, o então papa João Paulo II escreveu aos artistas:
“Para transmitir a mensagem que Cristo lhe confiou, a Igreja tem necessidade da arte. De fato, deve tornar perceptível e até o mais fascinante possível o mundo do espírito, do invisível, de Deus.” (Carta de João Paulo II aos artistas, 20).
Mais de vinte anos depois da publicação da Carta aos Artistas e parece muito atual a necessidade que a Igreja tem da Arte. Aliás, a Igreja sempre esteve impregnada de arte, mas, de alguma maneira, com a transformação gradual desde o último século de arte em entretenimento, os artistas cristãos, de alguma maneira, parecem não ter ainda encontrado um caminho.
Se a Igreja tem necessidade da arte, é pouco oferecer-lhe entretenimento. A arte salva, o entretenimento distrai. A arte tem o poder de elevar a alma, de proporcionar experiência com o sagrado; o entretenimento funciona, na maioria das vezes, como entorpecente momentâneo. Arte está ligada ao sublime, entretenimento com lucro.
A Igreja tem necessidade da arte e aos artistas cabe a sublime missão de transformar a realidade para que nela resplandeça a face do criador.