O centro do período quaresmal é a preparação para a Páscoa. Não há quaresma se não houver a Ressureição de Jesus após sua paixão e morte. Portanto, quaresma não é tempo de dor e de trevas, mas tempo de preparação e esperança.
São João Crisóstomo, no século V, dizia que “muitos se aproximavam dos sagrados mistérios sem nenhuma preparação, especialmente nestes dias em que Cristo entregou-se a si próprio. Por isso, (…) julgaram oportuno quarenta dias de jejum, de orações, de escuta da Palavra de Deus (…)” .
Nestes quarenta dias, a Igreja também recorda a caminhada de libertação do povo de Israel durante seus longos anos pelo deserto. É a oportunidade de transformação através do jejum, da oração e da penitência da vida e dos costumes que não correspondem ao modo de servir a Deus.
A melhor forma de viver este tempo é através de uma vida de oração mais profunda, o oferecimento de uma penitência pessoal e o jejum, que se trata de um modo de educar o corpo e as vontades.
Recomendações litúrgicas:
1. O tempo da quaresma vai de Quarta-feira de Cinzas até a Missa da Ceia do Senhor, na quinta-feira santa;
2. Dias obrigatórios de jejum são: na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa;
3. Não se canta o Glória, nem o Aleluia durante o período da quaresma, exceto quando houver alguma solenidade;
4. A cor litúrgica é o roxo;
5. Não se deve ornar o altar com flores e o canto deve ser apenas sustentado por um instrumento, exceto o Domingo Laetare, solenidades e festas (Cf.: Cerimonial dos Bispos, n. 252);
6. Oriente os fiéis a procurarem a confissão e a conversão de vida.