A Importância da Visita Ad Limina Apostolorum para a Diocese de Guaxupé
Por Padre Robison Inácio de Souza Santos
Neste mês de outubro, acontece a Visita Ad Limina Apostolorum dos Bispos do Regional Leste II da CNBB (Dioceses do Estado de Minas Gerais). Em que consiste esse evento? Qual é a importância eclesial desse acontecimento para a Diocese de Guaxupé?
O Código de Direito Canônico estabelece que “o Bispo diocesano tem a obrigação de apresentar ao Sumo Pontífice, a cada cinco anos, um relatório sobre a situação da diocese que lhe está confiada, de acordo como o modo e tempo determinados pela Sé Apostólica” (Cânon 399, §1). Não se trata de um procedimento meramente burocrático. Além da apresentação do relatório ao Papa, o Bispo diocesano realiza uma peregrinação aos túmulos dos Santos Apóstolos. “No ano em que é obrigado a apresentar o relatório ao Sumo Pontífice, salvo determinação contrária da Sé Apostólica, o Bispo diocesano deve ir a Roma para venerar os sepulcros dos Apóstolos Pedro e Paulo e apresentar-se ao Romano Pontífice” (Cânon 400, §1).
Apresentar-se ao Papa, entregar-lhe um relatório sobre a Diocese e peregrinar aos túmulos dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo. Dom José Lanza Neto, Bispo Diocesano de Guaxupé, cumpre esse protocolo para fortalecer o vínculo de comunhão que o une ao Bispo de Roma e Papa da Igreja Católica Apostólica Romana. Trata-se do vínculo de um membro do Colégio Episcopal à sua cabeça, o Romano Pontífice, sucessor do Apóstolo Pedro na Sede de Roma (cf. Lumen Gentium, 22).
“Tudo isso evidencia que a Igreja Universal não é uma federação de Igrejas e sim uma completude”
Além disso, Dom José Lanza peregrina aos túmulos dos Santos Apóstolos para evidenciar e fortalecer a realidade da Sucessão Apostólica. Ele, enquanto Bispo, é sucessor dos Apóstolos, entrando numa espécie de “árvore genealógica” da autêntica Tradição Apostólica, e possui a missão de guardar e transmitir a fé recebida dos Apóstolos (cf. Lumen Gentium, 20) e de conservar a solicitude pela Igreja Particular que lhe é confiada e por toda a Igreja (cf. Lumen Gentium, 23).
Na presença do Papa, diante dos túmulos dos Santos Apóstolos, Dom José Lanza porta em seu dilatado coração de Pastor cada membro da Igreja Particular de Guaxupé, cada acontecimento, cada preocupação, cada desafio, cada êxito, cada fracasso e cada alegria! Isso evidencia que a Igreja Universal não é uma federação de Igrejas e sim uma completude ou uma inteireza eclesial que se realiza em cada Igreja Particular.