Por Redação Comunhão
“Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: sermos chamados filhos de Deus!” (Jo 3,1). A partir da afirmação da carta de João, entendemos que a santidade é assumir, sem reservas, o presente de amor de Deus: a filiação adotiva.
Todos os cristãos batizados são marcados entre aqueles que fazem parte da Salvação em Jesus Cristo por meio da profissão de fé. No entanto, o evangelho da liturgia deste fim de semana recorda as bem-aventuranças como caminho de santidade.
Bem-aventurado é todo aquele que está repleto da Graça por não se acomodar diante de problemas, inquietações, perseguições, injustiças, desamor, falta de misericórdia. O cristão inquieto e sempre em movimento caminha em direção à sua conversão e, consequentemente, à transformação do mundo, de sua realidade.
Como afirma o papa Francisco, é bom ver e reconhecer os “Santos ao pé da porta”:
“Gosto de ver a santidade no povo paciente de Deus: nos pais que criam os seus filhos com tanto amor, nos homens e mulheres que trabalham a fim de trazer o pão para casa, nos doentes, nas consagradas idosas que continuam a sorrir. Nesta constância de continuar a caminhar dia após dia, vejo a santidade da Igreja militante. Esta é muitas vezes a santidade ‘ao pé da porta’, daqueles que vivem perto de nós e são um reflexo da presença de Deus, ou – por outras palavras – da ‘classe média da santidade’” (GE 7).