Por padre Célio Laurindo
Conforme narra João no Evangelho que nos é proposto para esta liturgia, a Palavra estava em Deus, a Palavra era o próprio Deus, e essa Palavra veio até nós no mistério da Encarnação. Deus quis se tornar mais próximo do ser humano, para isso, assumiu a condição humana, exceto o pecado.
Naquela noite escura, a estrela sinalizou o local do nascimento, o clarão da luz verdadeira já anunciada por João Batista e que chamou a atenção de todos: pastores, magos, gente simples e reis, habitantes próximos e distantes, a luz brilha para todos, pois Deus, com sua onipresença, alcança a todos, no entanto, nem todos viram a luz.
Deus veio para o que é seu, a corte celeste em coro louva a Deus que, em sua grandeza e majestade, se revela ao ser humano na humildade e simplicidade do cotidiano, a grande festa da família. Céu e terra se unem numa só louvação.
Infelizmente, alguns não acolheram a verdade, a luz que ilumina e indica o caminho a seguir, mas todos aqueles que acolheram, passaram a seguir outro “Caminho”.
Jesus, ao se encarnar, veio salvar o humano, veio humanizar o humano, assim, quanto mais humanos somos, mais divinos nos tornamos. Assim, nos unimos ao Cristo na intimidade, na identificação com o Senhor.
O Santo Natal não é e nem pode ser para nós simplesmente uma data histórica, mas, sim, um fato que transforma, transfigura o humano. Isso se evidencia na Ressurreição do Senhor e na Ascenção. Aquele que estava na intimidade do Pai veio até nós assumindo a condição humana, passa pela cruz e abre para todos as portas do Paraíso que, pelo pecado, haviam sido fechadas. Feliz Natal.