Por padre Francisco Albertin Ferreira
Esta solenidade que encerra o Ano Litúrgico foi criada pelo Papa Pio XI, em 1925. Celebramos também o Dia Nacional do Leigo Cristão.
Todavia, pode parecer um pouco confuso e contraditório celebrar Jesus como “Rei” ou até mesmo como o Rei dos reis. Seu modo de ser e viver é uma verdadeira denúncia contra a monarquia e seu sistema político.
Ao ser questionado por Pilatos se era rei, Jesus responde: “Você está dizendo que eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verdade. Todo aquele que está com a verdade ouve a minha voz” (Jo 18,37).
Faz-se necessário inverter o eixo e entender a essência do verdadeiro reinado de Jesus. Paulo, usando de um hino cristão, mostra-nos que “tudo foi criado por meio dele e para ele. […] e por ele reconciliar consigo todos os seres, os que estão na terra e no céu, realizando a paz pelo sangue da sua cruz” (Col 1,16.20).
Jesus se apresenta como o caminho, a verdade e a vida (Cf. Jo 14,6). E que possamos rezar com nossas palavras e obras: “Venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu”. Na cruz já aparece o pedido: “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reinado” (Lc 23,42).
A pergunta é: será que estamos dispostos a abrir nosso coração e decidir que Jesus é o Rei de nossas vidas? Ele é o rei do amor, do serviço e em defesa da vida em plenitude.