Resumo: Escudo encimado pelo Chapéu Prelatício e pela Cruz em cor dourada, adornada com pedras em cor vermelha; ao centro e dividido em dois campos iguais: um em azul e outro em vinho (Borgonha). Acima dos dois campos, uma tarja de cor branca. No Campo azul, do lado direito do escudo, destaca-se a imagem da Flor de Lis, bipartida em cor branca e dourada. O Campo Vinho traz, em seu centro, o Livro da Palavra de Deus, com as letras Alfa e Ômega, do alfabeto grego. Entremeando os dois campos, no centro e acima, está a figura do Cordeiro Pascal. Na parte superior do brasão, a Tarja Branca. Abaixo do escudo vê-se o Listel, em cor branca. No Listel, aparece a frase: “Servir com Alegria”.
Simbolismo:
O Chapéu Prelatício lembra a missão apostólica do Bispo como sucessor dos Apóstolos, em comunhão com o Colégio dos Bispos e com o Papa, designado a apascentar e guiar os fiéis cristãos a ele confiados.
A Cruz que encima o Brasão lembra o Mistério da Redenção, a Vitória de Cristo sobre o pecado e a morte; lembra seu sacrifício salvador e sua doação pela salvação da humanidade.
Na Cruz, destacam-se Cinco Pedras em cor vermelha, lembrando as chagas do Senhor Crucificado, de onde emana toda a vida da Igreja.
O Campo Azul, colocado à direita do escudo, lembra a eternidade, o horizonte e o rumo da vida e da história humana; recorda a dimensão do Amor infinito de Deus, que se debruça sobre a humanidade para redimi-la de todo o pecado (Jo 1,14).
No campo azul, destaca-se a Flor de Lis, bipartida em cores dourada e branca, evocando a figura de Maria, que, inserida no Plano Divino de salvação, nele colabora e participa como aquela que escuta e, atentamente, realiza a vontade do Senhor; imagem fiel da Igreja redimida (Lc 1,38). As duas cores, unidas numa única memória, lembram a humanidade de Maria mergulhada na divindade de Deus, que nela realiza maravilhas (Lc 1,49).
O Campo Vinho, à esquerda do brasão, simboliza o Mistério da Cruz de Cristo, sua entrega e sacrifício realizados uma vez por todas; evoca o Sangue de Cristo derramado em favor da humanidade e oferecido na Memória Eucarística da Igreja, como bebida que fortalece o povo de Deus na sua marcha e peregrinação (Jo 6, 54).
No campo de cor vinho, está o Livro das Escrituras com a Letras ‘Alfa e ômega’, simbolizando o Cristo Palavra, Verbo do Pai, Princípio e Fim de todas as coisas, por meio do qual foram feitas e sem o qual nada subsiste; evoca a missão do Bispo, chamado ao anúncio da Palavra, chamado a ser guardião da Fé que dela brota.
Acima dos dois campos, encimando-os, está a Tarja Branca, simbolizando a Justiça e a Paz, dons do Coração de Deus, sinais da colheita e da partilha; missão de todo aquele que, ouvindo e respondendo ao chamado do Senhor, d’Ele se faz servidor.
Centralizando e unindo os dois campos e a traja, encontra-se a figura do Cordeiro Pascal, centro da vida da Igreja, Sinal-Presença do Amor Generoso de Deus que não poupou seu Filho Unigênito, mas no-Lo deu como Manso Cordeiro que tira os nossos pecados; o Cordeiro Evoca, ainda, o Cristo Ressuscitado, Vencedor do pecado e da Morte, de onde nos vem a plenitude da vida, da qual o Bispo está a serviço. Dele, Cordeiro Imolado, brotam todos os ministérios, flui a vida da Igreja e sua missão.
Embasando o brasão, está o Listel em cor branca, com o Lema escolhido pelo Bispo: “Servir com Alegria” (Sl 100,2), recordando o Mistério do Cristo, Filho de Deus, que, assumindo a nossa humanidade, inclinou-se e fez-se servo de todos para alcançar e salvar a todos (Fl 2, 6-8); evoca o desejo do Bispo de ser, pela Graça e Unção, a presença amorosa de Cristo, o Bom Pastor, que, servindo a todos, conduziu a humanidade ao Coração do Pai.
Padre Ermínio Ignácio.