São José foi obediente à vontade de Deus, não uma obediência vazia e escrava, mas no Amor.
São José não desconhecia Deus. Seu conhecimento era temente e verdadeiro. Homem virtuoso, humano, foi aquele que experimentou acolher em seus braços Deus Encarnado e o conduzir, por suas mãos, à escolhida entre todas para ser a mãe do Salvador.
Deus escolheu para ser o guardião da Sagrada família não um homem de grandes sinais externos. Não há relatos nas Escrituras Sagradas que São José tenha feito as águas se moverem, que tenha pregado à grandes multidões e feito belos discursos públicos. Porém, foi achado digno de ser, junto a Virgem Maria, pai adotivo de Jesus.
Papa Bento XVI disse que “o silêncio de São José não manifesta um vazio interior, mas, ao contrário, manifesta a plenitude de fé que ele traz no coração, e que orienta todos os seus pensamentos e todas as suas ações”.
Nesta caminhada quaresmal, a solenidade de São José (que neste ano, por cair no quarto domingo da quaresma, será celebrada no sábado, dia 18) é sempre uma oportunidade de meditarmos em que sua presença nos ajuda em nossa vida, especialmente neste tempo especial de chamado à conversão.
Com ele, podemos caminhar com segurança pelo deserto e nos defender dos falsos ídolos, da perseguição, do medo. Ainda, olhando para São José, recordamos que neste caminho do Reino de Deus cada um recebe um chamado e que nós também somos convidados a guardar o Sagrado em nós, através de uma obediência vivida com amor.