Comunicar é extremamente exigente. Desde a primeira tentativa do ser humano, ainda quando criança, exercer a função comunicativa é extremamente difícil. Nem sempre os sons e as intenções estão em sintonia em um bebê, por exemplo. Mas, ao longo do crescimento e do amadurecimento de um indivíduo, as coisas vão ficando mais fácies e, mesmo uma pessoa tímida consegue comunicar as suas alegrias ou dores, de acordo com suas condições.
Quando saímos do âmbito do humano e entramos na esfera do digital, as situações ficam ainda mais complexas. Nas redes sociais de comunicação há um terceiro personagem que começa a existir entre o EU – que fala – e o TU – que ouve: é o eu que interpreta o que o tu pretendia dizer. Não é à toa que o ódio na internet é disseminado com muita facilidade e todos querem opinar sobre qualquer assunto: há a possibilidade de se esconder atrás da tela que separa a comunhão do nós.
No entanto, não bastam análises bonitas e profundas a respeito dessa realidade, é preciso agir. Para a Igreja Católica, esse é um ambiente em que as “redes da evangelização” devem ser lançadas com mais atenção, cuidado, zelo e competência. Não estar no ambiente virtual é o mesmo que se negar a cumprir o mandato de Jesus de ir aos confins do mundo e pregar a Palavra de Deus, anunciando o perdão e a conversão.
O mar da internet é turbulento e hostil, tanto quanto o mar da vida concreta. Nele, sem a reinvenção constante e o trabalho cansativo de pessoas que pensam e repensam estratégias de comunicação e anúncio, seus resultados ficam inférteis. Trabalhar atrás das telas, gerando conteúdo e criando engajamento, não é para todos, infelizmente. Não basta carisma e força de vontade, é preciso competência.
Por isso, competentemente, uma equipe se dispôs a trabalhar em prol da evangelização diocesana, atualizando as redes sociais de comunicação e reestruturando o site diocesano, sem medo de tentar novas estratégias e entrar com toda a força no marketing digital, sabendo que a intenção não é aparecer, mas ser presença e testemunho em um mundo que carece de boas referências.
O novo site diocesano, com seus limites e ganhos, tem data de validade, como todo trabalho tem, pois só serve ao seu momento e necessidade. Tem mérito, todavia, de ser uma resposta para um tempo, como ele deseja ser para este momento específico da Diocese de Guaxupé.
Como é estruturado e para que serve um site com essas dimensões?
Ser canal de comunhão entre uma Igreja Particular formada por 42 cidades e 87 paróquias. Ele não é um canal de comunicação de cima para baixo, extremamente o contrário, ele é e quer ser um portal de comunicação que expressa a realidade das pequenas e grandes comunidades que compõe o corpo católico de Guaxupé.
Por isso, sem a colaboração de cada PASCOM paroquial, de cada padre, de cada coordenador diocesano de alguma pastoral ou movimento, entre outros tantos líderes, esse trabalho ficará infrutífero em pouco tempo. Felizmente, as redes de comunicação não se alimentam sozinhas, senão elas nos dominariam ainda mais; elas precisam de pessoas para fazê-las funcionar.
Seja você um motivador, um apoiador, invista na comunicação de sua pastoral, movimento, comunidade e comunique o que está acontecendo, partilhe notícias, alegrias, sofrimentos.
O site e as nova identidade visual está pronta, teve data de entrega, mas seus frutos só serão germinados e crescerão se cada um dos que pertence a essa enorme e amada diocese fizer a sua parte e o seu serviço de cristão comprometido: anunciar sem medo de se expor, arregaçar as mangas e gastar as solas dos sapatos. Comunicação se faz com empenho e suor, não é palco de apresentação, é fórum de discussão e mural de informação.
Por Luiz Fernando Gomes